07 junho, 2018
On 20:27 by Quorum in Legitimação de Interesses frente a atores públicos, Relações Governamentais, Relações Institucionais, Série Pensando Relações Governamentais No comments
A importância de se qualificar os interesses de uma determinada
organização com o objetivo de torná-los legítimos na visão dos atores políticos
é um grande desafio nas Relações Governamentais. Significa garantir que
preocupações corporativas e/ou associativas sejam ouvidas pelos agentes
públicos e que demandas inicialmente difusas sejam atendidas em algum nível
pela tomada de decisão estatal. Esta tarefa pode ser fortemente facilitada por
meio de uma consultoria inteligente formada por profissionais qualificados
focados nos objetivos da organização.
Vivacidade, sentido de oportunidade e experiência são
determinantes para o êxito da interlocução institucional. Uma consultoria especializada
e atuante na esfera das Relações Governamentais pode trazer tais requisitos
para dentro de uma organização que necessita se relacionar com o Setor Público.
Além disso, é necessário ter foco para se obter resultados objetivos, exitosos
e que possam ser mensurados dentro de um plano eficaz de Relações Governamentais.
Profissionais especializados em se comunicar com o Estado e seus agentes podem
oferecer este sentido de convergência estratégica muitas vezes ausente na
estrutura interna das organizações.
Um dos primeiros passos para o sucesso na qualificação de
interesses difusos nas Relações Governamentais passa pelo processo de interlocução inicial: pela concretização
coerente e focada de um Plano de Atuação Estratégica Governamental eficaz que envolverá, primeiramente,
a mensuração da capacidade de articulação institucional de uma organização para
com stakeholders (isto é, outros
atores e entidades igualmente interessados na demanda pública que afeta a
organização).
Após a definição dos parâmetros dessa capacidade – e já
efetuados os respectivos acertos de trajetória –, o profissional de Relações Governamentais
e o planejamento estratégico de uma consultoria especializada continuarão sendo
de suma importância para a organização atingir resultados consistentes na
interação com tomadores de decisão públicos. É através da assistência daquele
profissional e de sua consultoria que se concretizarão ações e tarefas
previamente planejadas e focadas na legitimação de qualquer interesse
particular do cliente. Tal estratégia tem por objetivo impedir que pleitos
contrários se sobreponham aos interesses da organização e acabem sendo acatados
pelos tomadores de decisão. Assim, uma consultoria de Relações Governamentais
diligente foca seu trabalho na consecução eficaz de ações de interlocução institucional
frente à diversidade de stakeholders
que circundam a demanda de interesse.
É nesse momento que se fará valer a capacidade de articulação institucional
de uma organização. Ela deve fazer com que seus interesses sejam ouvidos sob a
forma de um pleito tecnicamente convincente a ponto de que nenhuma outra
demanda genérica possa ser vencedora na interlocução governamental, mesmo
quando se enfrentam interesses políticos difusos (sobre o qual falaremos em
oportunidade posterior). E é exatamente o profissional de Relações Governamentais
– assistido por uma consultoria qualificada – que traduzirá para os tomadores
de decisão públicos a importância e a sensibilidade de um dado tema para uma
organização e seu setor produtivo. Trata-se de tornar um interesse difuso, aparentemente
privado, em publicamente legítimo.
Esse esforço, quando bem executado, pode ser mensurado. A
capacidade de convencimento e a aceitação da informação proveniente da organização
– frente a outras demandas difusas ou interesses políticos de momento – é que
servirão como base para avaliar se o resultado obtido foi bem sucedido. Quanto
a esse aspecto, ainda vale ressaltar que, nas Relações Governamentais, mesmo
que o resultado final não seja exatamente a concretização de todo o pleito de
interesse da organização, a eficácia em fazer com que sua demanda seja ouvida e
parcialmente considerada já é positiva. Muitas organizações sequer conseguem
isso.
A regra é simples: somente os pleitos defendidos com precisão
técnica, passíveis de serem publicamente legitimados e apresentados por
profissionais conhecedores dessa particularidade das Relações Governamentais
farão com que o tomador de decisão (que tem em sua mesa diversos pedidos de
natureza particular) decida favoravelmente à demanda representada.
Naturalmente, solicitações coerentes, razoáveis e embasadas por dados
tecnicamente robustos têm maior probabilidade de compor a base para a formulação
de uma política pública ou servir de orientação para a apresentação de propostas
legislativas.
A exposição, assim, nos leva a uma conclusão final. Para se
obter sucesso na legitimação positiva de interesses particulares no âmbito das
Relações Governamentais, é preciso garantir meios para a manutenção do seguinte
tripé: 1) Bons profissionais de Relações Governamentais; 2) Sólidos estudos
técnicos; 3) Comunicação persuasiva focada no tomador de decisão. Uma consultoria
especializada, experiente e conhecedora da natureza da tomada de decisão na
esfera pública pode oferecer tal solução às organizações.
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