21 junho, 2018


Palácio do Planalto
Há pouco tempo, Joaquim Barbosa (PSB), ex-Ministro do Supremo Tribunal Federal - STF, e o Presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM) tinham em comum a possibilidade de serem candidatos à Presidência da República.

Como eles, também Flávio Rocha (PRB) e Paulo Rabello (PSC) possuem tantos pré-requisitos quanto os demais para disputarem o cargo presidencial: todos detêm nacionalidade brasileira e filiação partidária. Luciano Huck, outsider apresentador de televisão, não é filiado a partido político, o que, por ora, impede-o até mesmo de voltar a ser pré-candidato.

De fato, desconhecidos ou não do eleitorado, o prefixo “pré” faz grande diferença perante a legislação atual e o arcabouço das regras eleitorais: não há candidatura a cargo eletivo ou candidato à Presidência até que ocorram as convenções partidárias e a consequente homologação na disputa.

Neste ponto, a pré-candidatura de Lula e seu eventual registro interferem diretamente no cenário eleitoral. Seu indeferimento e não-homologação em razão da Lei da Ficha Limpa em pleno período eleitoral mantêm em risco o quadro de estabilidade política e econômica no país.

Sem definições, a profusão de pré-candidaturas por vezes confunde inclusive aqueles acostumados a interpretar os acontecimentos do meio político-eleitoral. O cenário atual, por exemplo, em nada se assemelha àquele que sucedeu a redemocratização e trouxe igualmente uma gama de candidaturas à Presidência. Porém, o equívoco em se considerar estes dois momentos como semelhantes faz suscitar nomes “de última hora” como postulantes ao cargo de Presidente. Como exemplo pontual, pode-se citar o caso de lideranças políticas do Sul do país que – em seus cálculos internos – sustentam nomes como os do ex-Ministro da Defesa Nelson Jobim ou do General Sérgio Etchegoyen, Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, como possíveis candidatos à Presidência da República.

Políticos tradicionais como Jair Bolsonaro (PSL), estreante na disputa, Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (REDE), por outro lado, já exercitam suas posições como hipotéticos mandatários do Poder Executivo do país, postulando, inclusive, nomes de futuros ministros. No geral, independentemente do campo político, tergiversam sobre temas como privatização, previdência, corrupção, saúde, segurança e educação. São temas que, normalmente, podem compor as campanhas eleitorais, mas que exigem uma análise mais detalhada na definição de interlocutores e relação com interesses difusos de setores da sociedade. Em adição, com tantas incertezas e definições tardias, grandes veículos de comunicação têm apoiado ou rejeitado direta ou indiretamente determinadas candidaturas, influenciando a definição do voto e a consequente escolha do eleitor.

De qualquer modo, tudo isso posto, há um imperativo incontornável para aqueles grupos e setores da sociedade que precisam se relacionar com o poder presidencial: eleito o candidato, inicia-se uma nova fase em que passam a ser fundamentais a atuação, o agendamento e as relações governamentais com vistas à construção de linhas de comunicação e de diálogo com as forças que irão compor o “novo” Planalto. E tal tarefa, naturalmente, deve ser iniciar antes de 1º de janeiro de 2019.

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