17 fevereiro, 2017
On 13:04 by Quorum in América do Sul, Análise Política, Brasil, Colômbia, Consultoria Política, Equador, Lava Jato, MPF, Odebrecht, Peru, Portugal, Rodrigo Janot No comments
O
Ministério Público Federal (MPF) firmou ontem (16), com nove países da América
Latina e com Portugal, o mais amplo acordo de colaboração internacional ligado
à Operação Lava Jato, com o objetivo de investigar desvios cometidos pela
empresa Odebrecht.
O
documento ressalta que o acordo de leniência firmado pela Odebrecht com o MPF e
as colaborações premiadas de 78 ex-executivos e funcionários da empresa têm uma
cláusula de confidencialidade vigente até 1° de junho de 2017.
Em
razão desse sigilo e diante do grande interesse das procuradorias-gerais e
fiscais dos países envolvidos em ter acesso às informações antes do fim do
prazo, o acordo de colaboração foi firmado. A assinatura foi ontem (16), em
Brasília, na sede da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O
documento determina que sejam criadas equipes de investigação bilaterais e
multilaterais para investigar a Odebrecht. Além do procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, firmaram o acordo os procuradores-gerais e fiscais da
Argentina, do Chile, da Colômbia, do Peru, México, Equador, Panamá, da
Venezuela, República Dominicana e de Portugal.
Impactos na América do Sul
Em
ao menos quatro países latino-americanos – Colômbia, Equador, Venezuela e Peru
– as investigações contra a Odebrecht já geraram consequências como a prisão de
suspeitos. Entre as prisões decretadas, está a do ex-presidente do Peru
Alejandro Toledo, acusado de receber cerca de US$ 20 milhões em proprinas
ligadas à construção de uma rodovia.
No
início de janeiro, a Odebrecht fechou um acordo de colaboração com os
promotores peruanos, no qual concordou em devolver R$ 30 milhões aos cofres
públicos do país, relativos a ganhos ilícitos.
Em
dezembro, em um acordo de leniência firmado em conjunto entre a empresa,
Brasil, Estados Unidos e Suíça, a Odebrecht admitiu ter pago mais de US$ 1
bilhão em propinas a autoridades e funcionários dos governos de ao menos 12
países.
Fonte:
Agência Brasil
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