16 dezembro, 2016
On 15:13 by Quorum in Análise Política, Câmara dos Deputados, Congresso Nacional, Consultoria Política, Orçamento, Orçamento 2016, Senado Federal No comments
Foto: Jonas Pereira / Agência Senado |
O Congresso Nacional
aprovou, nesta quinta-feira (15), as duas normas que vão reger as receitas e
despesas de 2017. Primeiro foi concluída a votação do projeto da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO – PLN 2/16), que estava pendente de três destaques (todos foram rejeitados). Depois,
deputados e senadores aprovaram o novo Orçamento do País (LOA – PLN 18/16), que foi relatado pelo senador Eduardo Braga
(PMDB-AM).
O líder do governo no
Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), fechou um acordo com os demais
líderes para votar a proposta orçamentária sem obstruções. Com isso, Braga nem
precisou ler o parecer em Plenário.
O mesmo acordo permitiu
a aprovação da LDO 2017 e de projetos de crédito que somam mais de R$ 100
bilhões.
O novo Orçamento projeta
um crescimento da economia de 1% em 2017. O texto foi elaborado com um salário
mínimo de R$ 945,80, 7,5% acima do valor atual (R$ 880).
Despesas
A proposta orçamentária fixa os gastos
federais em R$ 3,5 trilhões no próximo ano, valor que inclui despesas com juros
e amortização da dívida pública (R$ 1,7 trilhão). O texto destina ainda R$
306,9 bilhões para pagamento de pessoal na esfera federal, R$ 90 bilhões para
investimentos das estatais e R$ 58,3 bilhões para investimentos com recursos do
Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Essa última dotação subiu R$ 19
bilhões em relação à proposta original do orçamento. O aumento decorreu de
emendas de deputados e senadores às despesas de 2017.
O texto aprovado elevou os recursos para a saúde, principalmente em relação ao
piso constitucional, em relação à proposta orçamentária do governo. O texto
original destinou R$ 105,5 bilhões para o piso, valor que foi elevado para R$
115,3 bilhões. O novo valor equivale a 15% da receita corrente líquida da União
(RCL). Para garantir o aumento, o
relator contou com recursos de emendas de deputados e senadores e da reestimativa líquida de receita, que elevou a arrecadação
federal do próximo ano em R$ 10,1 bilhões.
O Plenário rejeitou hoje os três destaques apresentados à LDO que ainda estavam
pendentes de votação. Com isso, o Congresso concluiu a votação do texto, que
foi relatado pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT).
O Orçamento aprovado
nesta quinta é o primeiro elaborado sob as regras do Novo Regime Fiscal,
previsto na Emenda Constitucional 95, promulgada hoje em sessão do Congresso.
O novo regime, que vai
vigorar por 20 anos, determina que o crescimento das despesas primárias
federais estará limitado à variação da inflação acumulada entre julho de um ano
e junho do ano seguinte. Para 2017, excepcionalmente, foi definido que as
despesas primárias terão correção de 7,2%, que é o IPCA projetado para o ano.
Piso da saúde
A ampliação faz parte do
acordo que levou à aprovação, no Congresso, do teto de gastos. A Emenda
Constitucional 86, que é revogada pelo novo regime, previa um piso da saúde de
15% da RCL a partir de 2020. O acordo antecipou esse percentual para o próximo
ano. O piso da saúde envolve os recursos mínimos que devem ser aplicados em
ações de saúde pública.
LDO
A LDO 2017 fixa para o
próximo ano um deficit primário de R$ 139 bilhões ou 2,04% do Produto Interno
Bruto (PIB) como meta fiscal do
governo federal. Também estabelece meta de deficit de R$ 3 bilhões para as
estatais e de R$ 1,1 bilhão para estados e municípios. Assim, o deficit no
conjunto do setor público (União, estados e municípios, incluídas as estatais)
totaliza em R$ 143,1 bilhões (2,1% do PIB).
Fonte: Agência Câmara
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