14 setembro, 2017
On 16:06 by Quorum in Análise Política, Brasil, Consultoria Política, Crise Política, Geddel Vieira Lima, Lava Jato, Michel Temer, PGR, Rodrigo Janot, STF No comments
Segundo
fontes, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, já teria
concluído nova denúncia contra Michel Temer. O Presidente será
acusado dos crimes de organização criminosa e obstrução de
Justiça em documento com 200 páginas a ser apresentado até o fim
da tarde desta 5ª feira (14/09) ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A
denúncia tem como base as delações de executivos da JBS e do
corretor de valores Lúcio Funaro, considerado operador do PMDB nos
esquemas de corrupção. Essa é a segunda denúncia a ser oferecida
por Janot contra o Presidente. A anterior, por corrupção, feita a
partir das delações de executivos da J&F, foi rejeitada pelos
aliados de Temer na Câmara.
Temer
será denunciado por obstrução da Justiça por ter avalizado, no
entendimento de Janot, o empresário Joesley Batista a comprar o
silêncio de Funaro e do ex-Deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Já o crime de organização criminosa será atribuído ao Presidente
por sua atuação no chamado “quadrilhão” do PMDB na Câmara.
Temer
nega todas as acusações e alega sofrer perseguição política de
Janot. Ontem o Supremo rejeitou, por unanimidade, o pedido de
suspeição do Procurador-Geral da República apresentado pela defesa
do Presidente.
Confirmado
o oferecimento da denúncia, caberá à Câmara analisar o pedido da
Procuradoria-Geral da República para autorizar o STF a julgar a
acusação. Se não houver o apoio de pelo menos 342 deputados, o
processo será suspenso até que Temer deixe a Presidência. Janot
deixa a PGR na próxima segunda-feira, quando passará o cargo a
Raquel Dodge.
Negado
pedido da defesa de Geddel para que ex-ministro retorne a prisão
domiciliar
A Justiça
do Distrito Federal negou hoje pedido da defesa do ex-ministro Geddel
Vieira Lima para que ele deixe o presídio da Papuda e passe para a
prisão domiciliar ou, como segunda alternativa, para a prisão
militar. Na decisão, a a juíza Lelia Cury, da Vara de Execuções
Penais, afirmou que Geddel não corre riscos na cadeia e que a
reportagem anexada ao pedido é “meramente especulativa”.
Quanto a
possibilidade de Geddel migrar para a prisão militar, a magistrada
lembra que o benefício só é concedido a advogados, agente político
do Estado e militares enquanto ainda integram a referida força. Na
decisão, ela ressalta não ser o caso de Geddel.
Lelia
Cury nega ainda o pedido da defesa para que o processo corra em
segredo de Justiça. “A publicidade do presente feito se faz
necessária para demonstrar que ao custodiado vem sendo dispensado o
mesmo tratamento dado aos demais presos do DF que ostentam as mesmas
condições pessoais e processuais”, diz a juíza em uma das
justificativas.
Geddel
foi preso na última 6ª feira (08/09), dois dias após a Polícia
Federal localizar um apartamento com R$ 51 milhões, distribuídos em
malas e caixas, que havia sido emprestado por um empresário ao
ex-ministro. Essa foi a maior apreensão de dinheiro vivo na história
do país. Foram identificadas impressões digitais do peemedebista em
cédulas apreendidas no “bunker”.
Geddel já
havia sido preso em 4 de julho, acusado de tentativa de obstrução
de Justiça em meio às ações da Operação Cui
Bono.
Uma semana depois, por meio de habeas
corpus
concedido pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, passou
para a prisão domiciliar.
Geddel
também é suspeito de ter recebido cerca de R$ 20 milhões em
propina de empresas em troca da liberação de financiamentos na
Caixa Econômica Federal (CEF). Ele foi vice-presidente de Pessoa
Jurídica do banco estatal entre 2011 e 2013, no Governo da
ex-Presidenta Dilma Rousseff.
Fontes:
Folha de S. Paulo, Congresso em Foco
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